quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Aves sentem cheiros?


      As pombas-correio (Columba livia), por exemplo, sabemos que elas são sensíveis a ínfimas variações de odores no ambiente e que possuem um sofisticado sistema de “GPS” cheio de informações olfativas que as orientam em seus longuíssimos vôos de volta para casa.
     Temos também os Kiwis, parentes das Emas, o Urubu de Cabeça Vermelha e os Petreis que são aves marinhas. Todos estes são capazes de encontrar sua comida através dos seus olfatos. Os petreis e outras aves de sua mesma ordem taxonômica sabem como encontrar na escuridão da noite o seu ninho dentre os milhares de outros que se avizinham ao seu nas encostas marítimas. Como se orientam? Como podem não pousar em ninho alheio? Resposta: elas buscam sentir o cheiro específico do ninho que construíram. Isso também acontece com as galinhas, que possuem memória olfativa que as ajuda a reconhecer odores familiares. 
     É sugerido por alguns pesquisadores que através do olfato o passeriforme europeu Blue Tit 
(Cyanistes caeruleus l.) seja capaz de perceber a presença de predadores em determinada área e assim fazer a melhor escolha para um lugar seguro onde ter seus filhotes.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012


violência contra os animais



   Dizem que o filósofo Goethe pisava o chão com muito cuidado, receando que os seus pés viessem a matar uma simples formiga.
   O missionário Albert Schweitzer também tinha uma profunda reverência à vida. Não admitia, por hipótese alguma, maus tratos contra os animais.
   O jornalista Carlos Fernandes certa vez viu, da janela do prédio onde trabalhava, um carroceiro chicoteando violentamente o burrinho que o ajudava a ganhar a vida. Fernandes, que era atleta, ficou tão indignado com a cena que desceu para agredir o insensível e insensato carroceiro.
   Outra história assemelhada aconteceu com o advogado João Santa Cruz, homem boníssimo. Em uma viagem de taxi a caminho do Recife, Santa Cruz viu o motorista atropelar propositadamente um cachorro que descansava no acostamento. Indignado, ele saltou do carro, em sinal de protesto, e resolveu não viajar mais com o desalmado taxista.
  O genial Leonardo Da Vinci costumava ir ao mercado somente para comprar passarinhos em gaiolas, para depois soltá-los. Doía-lhe muito ver as aves aprisionadas, sem usar as asas que a natureza lhes deu.
  A sensibilidade dessa gente comove a alma!

  É lamentável constatar que muitas pessoas ainda se regozijam com o sofrimento dos chamados animais irracionais!
  É triste, por exemplo, saber que em países classificados como civilizados, de primeiro mundo, como a Espanha, as pessoas encontrem diversão em odiosas touradas.

Outro dia vi na televisão um desses espetáculos em que o touro tombava na arena, todo ensangüentado, enquanto a multidão em delírio, aclamava o toureiro triunfante.

    Sinceramente, não vejo nenhuma diferença entre esse sangrento episódio e aqueles eventos ridículos que ocorriam no Coliseu da antiga Roma, em que humanos eram devorados por leões sob os aplausos de uma enlouquecida plateia. Pobres dos mártires! Coitados dos leões!

    No Brasil - esse país que parece não ter jeito -, não há touradas, mas existem passatempos igualmente idiotas, como os rodeios, as vaquejadas e as brigas de galos, todos à custa do sofrimento dos bichos indefesos.
   E o mais estranho é que a nossa legislação, a começar pela Constituição, veda a prática de atos que sujeitem os animais a maus tratos.
   Só nos resta, perguntar: qual a efetividade dessas leis, se não há uma que consiga coibir a violência contra os seres viventes? Onde estão as autoridades que têm a missão de aplicar e fiscalizar o cumprimento da lei?
   É sempre bom lembrar que, embora os animais não tenham direitos, no sentido próprio do termo, nós, que nos julgamos tão especiais na criação divina, temos o dever de cuidar dessas criaturas. 

   Somente assim poderemos nos considerar verdadeiramente humanos.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Conheça os ancestrais de seus cães

                          Conheça os ancestrais de seus cães 




A afirmação “seu cão é um lobo disfarçado” é tão repetida que
a tomamos por fato imutável. Sob a bela pelagem do cão há,
como dizem, um lobo primitivo, esperando para escapar e voltar à natureza. A verdade, entretanto, não é bem assim.
QUAL LOBO É O ANCESTRAL?
Quando pensamos em lobos, geralmente imaginamos o majestoso lobo
cinzento americano ou o cinzento
europeu, mais independente, o
“lobo mau” de Chapeuzinho
Vermelho. É fácil esquecermos que essas são só
duas das várias raças de
lobos que existiram ou existem ainda hoje. Afinal, o cão é 
um lobo cinzento americano 
ou um lobo cinzento disfarçado?
Não é apenas uma pergunta
retórica porque, enquanto
essas são as subespécies que
melhor conhecemos, cada
uma tem padrões de comportamento diferenciados. O lobo
americano é um verdadeiro
caçador em alcatéia, coordena
a caça e a dormida com os
outros membros, enquanto o
europeu é mais autoconfiante, caça
sozinho ou apenas com os familiares
de primeiro grau.


FORA DA ÁSIA
De fato, o cão de hoje pouco tem em
comum com o lobo americano ou o
europeu. Dados recentes indicam que
o cão surgiu no leste da Ásia. Por toda
a Ásia, e estendendo-se ao oeste até a
península Arábica, havia e ainda há
raças de lobos relativamente pequenos, sociáveis e adaptáveis. Tanto no
aspecto físico como comportamental,
os lobos asiáticos diferem bastante dos
seus parentes maiores, o lobo europeu
e o americano. Os lobos maiores são
especialistas em capturar e matar presas grandes. Seus parentes asiáticos de
pêlo curto sobrevivem da caça de animais menores e de carne em putrefação. Entretanto, apesar de haver 
claras semelhanças físicas entre o lobo
asiático e o atual cão pária asiático, a
exata origem do cão ainda é polêmica.
Talvez o lobo asiático seja o ancestral
direto do cão, mas é igualmente possí-
vel que um tipo extinto de lobo tenha
sido a base da espécie.


Rei dos caninos
Os lobos são os mais bem-sucedidos membros da família
dos canídeos, nome que se inspirou nos dentes caninos
do animal, por serem grandes e fortes. Até pouco tempo
atrás, acreditava-se que o lobo cinzento europeu (acima) –
grande e forte predador – é o ancestral direto de todas as
raças de cães. 





A evolução do lobo
Os lobos são membros da família dos canídeos, assim como os chacais,
as raposas e os mabecos. O ancestral direto dos canídeos, o leptocyon,
viveu há 7 milhões de anos. Acredita-se que todas as raças de cães
domésticos descendem de um lobo asiático, como o lobo árabe